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MODERAÇÃO DE CONTEÚDO EM LLMS: Como a flexibilização do ChatGPT pode representar desafios e novas oportunidade.

Foto do escritor: Luís Felipe Pilagallo da Silva Mader GonçalvesLuís Felipe Pilagallo da Silva Mader Gonçalves



Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs) são sistemas de inteligência artificial treinados em vastos conjuntos de dados para compreender e gerar linguagem natural. Para adaptar esses modelos a aplicações específicas, utiliza-se uma técnica chamada fine-tuning, processo que envolve o treinamento adicional do modelo pré-existente com dados específicos do domínio de interesse. 


Paralelamente, a moderação de conteúdo é essencial para garantir que as respostas geradas pelos LLMs estejam alinhadas com diretrizes éticas e legais. Isso envolve a implementação de filtros e mecanismos que analisam o conteúdo produzido, identificando e restringindo informações inadequadas ou sensíveis. A integração eficaz entre o fine-tuning e a moderação de conteúdo assegura que os modelos não apenas atendam às necessidades específicas dos usuários, mas também operem dentro dos padrões de segurança e conformidade estabelecidos. 


Embora tenha ganhado popularidade rapidamente, superando concorrentes em número de downloads, o DeepSeek vem sofrendo críticas por censurar tópicos politicamente sensíveis. Ao ser questionado sobre eventos como os protestos na Praça da Paz Celestial em 1989 ou a situação em Taiwan, o chatbot frequentemente evita fornecer respostas diretas sobre os temas. Essa prática levanta preocupações sobre a limitação do acesso a informações imparciais e a restrição de diferentes perspectivas. 


O ChatGPT, desenvolvido pela OpenaAI, por sua vez, passou por recente flexibilização das diretrizes de moderação. Essa mudança permite que o modelo aborde temas anteriormente restritos, como conteúdos eróticos e violentos, desde que inseridos em contextos específicos, como ficção, jornalismo, ciência e medicina. A empresa justificou a alteração como uma forma de promover a liberdade intelectual dos usuários, evitando a censura de assuntos que possam oferecer perspectivas relevantes em diferentes áreas. 


Para o setor empresarial, essas mudanças trazem tanto oportunidades quanto desafios. Empresas que atuam em áreas como educação sexual, saúde mental e produção de conteúdo adulto podem se beneficiar da capacidade do ChatGPT de gerar materiais mais alinhados às necessidades específicas de seus públicos. No entanto, há um risco potencial de exposição a conteúdos inadequados ou ofensivos, o que pode afetar a reputação corporativa. Portanto, é crucial que as empresas implementem mecanismos de controle e supervisão ao integrar o ChatGPT em suas operações. 


A flexibilização na moderação também levantou preocupações relacionadas à privacidade. Testes indicaram que o ChatGPT passou a divulgar informações sensíveis de figuras públicas brasileiras, como números de CPF, obtidos de fontes públicas. Em contraste, recusou-se a fornecer números de identificação de personalidades estrangeiras, alegando questões éticas e legais. A OpenAI reconheceu a falha e afirmou estar trabalhando para corrigi-la, reforçando seu compromisso com a proteção de dados pessoais. 

É imprescindível que as empresas adotem uma abordagem cautelosa, implementando políticas claras de uso e garantindo a supervisão adequada para mitigar riscos associados à privacidade e à ética. A integração responsável dessas tecnologias pode resultar em benefícios significativos, desde que alinhada aos valores corporativos e às exigências legais vigentes. 


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